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Direitos do Paciente: A Cobertura Obrigatória do Plano de Saúde em Urgências e Emergências

  • Foto do escritor: Wesley Fróes
    Wesley Fróes
  • há 2 dias
  • 3 min de leitura

Em situações de urgência e emergência, os beneficiários de planos de saúde frequentemente não só enfrentam um momento de grande preocupação, como também o desafio de lidar com a negativa de sua operadora em fornecer o atendimento necessário. A atenção imediata ao paciente em risco é não apenas uma necessidade, mas um direito legal assegurado pela legislação brasileira. Neste artigo, abordaremos de forma detalhada os direitos do paciente e as obrigações das operadoras de planos de saúde em casos críticos, levando em conta o que determina a Lei nº 9.656/1998 e suas regulamentações.


Close-up view of a hospital emergency room sign
Sinalização de Hospital em Situação de Emergência

Entenda a Legislação que Garante Atendimento Imediato e Sem Carência


A Lei nº 9.656/1998, que rege os planos de saúde no Brasil, estabelece uma série de direitos destinados a proteger os consumidores que dependem desses serviços em momentos críticos. Além disso, a Resolução Normativa ANS nº 259/2011 complementa essa proteção, detalhando os tipos de atendimento que devem ser priorizados pelas operadoras.


Garantias Legais em Situações de Urgência e Emergência


Existem três pilares fundamentais que sustentam os direitos dos pacientes durante episódios de urgência e emergência:


  1. Cobertura Imediata


    O primeiro pilar é a necessidade de cobertura imediata. Em situações que envolvem risco à saúde ou à vida do paciente, a operadora de plano de saúde é obrigada a autorizar e custear todos os procedimentos sem qualquer demora. Por exemplo, se alguém sofre um infarto ou um acidente grave, o plano deve arcar com todos os custos do atendimento emergencial.


    High angle view of an emergency medical team responding to a patient
    Equipe Médica Atendimento Emergencial

  2. Isenção de Carência


    Outro aspecto crítico é a isenção de carência. Em casos de urgência e emergência, a cobertura deve ser garantida desde o primeiro dia em que o contrato do plano de saúde é firmado. Isso significa que não é necessário esperar um período determinado para que o atendimento seja disponibilizado. Essa regra é fundamental, visto que a agilidade no atendimento pode determinar a sobrevivência do paciente.


  3. Responsabilidade da Operadora


    A responsabilidade pela cobertura em situações de emergência é totalmente da operadora, mesmo que o atendimento ocorra em um hospital fora da rede credenciada. Isso é particularmente importante quando não é possível deslocar o paciente para uma unidade credenciada sem agravar a sua saúde.


    Por exemplo, se um acidente ocorre em uma área remota e o único hospital disponível é desvinculado do plano, a operadora deve garantir que os custos sejam cobertos. Essa regra foi criada para proteger os pacientes em situações onde cada minuto conta.


O Papel da ANS na Regulação dos Planos de Saúde


A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) exerce um papel vital na regulamentação dos planos de saúde no Brasil. Esta entidade garante que as diretrizes estabelecidas pela Lei nº 9.656/1998 sejam cumpridas, monitorando as operadoras e fiscalizando a prestação de serviços.


Além disso, a ANS disponibiliza canais para que os pacientes possam registrar queixas sobre negativas de cobertura e solicitações não atendidas. Isso é um passo importante para assegurar que os consumidores conheçam e reivindiquem seus direitos.


Eye-level view of a patient receiving medical attention
Paciente Recebendo Atendimento Médico

Como Agir em Caso de Negativa de Atendimento


Se, em algum momento, a operadora do plano de saúde negar cobertura, é essencial que o paciente ou seu responsável adote algumas medidas:


  • Documentar a Situação: Registre todas as comunicações com a operadora, incluindo data e hora de ligações, nomes dos atendentes e transcrições de diálogos, se possível.


  • Consultar um Advogado Especializado: A assessoria jurídica pode ser extremamente útil para intermediar a situação. Profissionais especializados podem apresentar ações judiciais contra a operadora ou recorrer à ANS.


  • Buscar Ombudsman ou Procon: Além da ANS, entidades como o Procon podem ajudar a mediar conflitos entre consumidores e operadoras.


O Valor da Informação e Disseminação dos Direitos do Paciente


Conhecer os direitos do paciente é vital para garantir que o atendimento médico necessário seja fornecido. A desinformação pode levar a situações onde os pacientes não lutam adequadamente pelos seus direitos, resultando em danos à saúde ou à vida.


Além disso, campanhas educativas e informativas são fundamentais para conscientizar a população sobre os direitos que têm sob a legislação. A disseminação de informações corretas ajuda a empoderar os cidadãos e a garantir que eles exijam o que é devido.


Considerações Finais


Por fim, é crucial que todos os beneficiários de planos de saúde compreendam as normas que regem seu atendimento em situações de urgência e emergência. A legislação brasileira se mostra sólida nesse sentido, garantindo a cobertura necessária para a proteção da saúde do cidadão.


Essa garantia de atendimento imediato e sem carência em casos de risco à vida é um direito que deve ser respeitado. Não hesite em se informar e buscar seus direitos sempre que necessário. Lembre-se de que a saúde é uma prioridade e, em situações críticas, a agilidade no atendimento pode fazer toda a diferença. Em casos de negativa pela operadora, é sempre recomendável buscar orientação jurídica especializada para assegurar a defesa dos seus direitos.


Close-up view of a document with legal rights
Documentação Sobre Direitos Legais do Paciente

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