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Direitos da Pessoa com TDAH: Acompanhamento Integral é Garantido por Lei

  • Foto do escritor: Wesley Fróes
    Wesley Fróes
  • 8 de set.
  • 4 min de leitura

Entenda a legislação que assegura acesso a diagnóstico, tratamento e suporte educacional para o TDAH no Brasil


A legislação brasileira é clara ao garantir os direitos da pessoa com Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH). Muitas famílias e educadores, no entanto, não têm conhecimento de que o acompanhamento integral para o TDAH é um direito previsto em lei, assegurando uma rede de apoio essencial para o desenvolvimento e bem-estar. Neste post, vamos discutir os direitos previstos na lei, os serviços disponíveis e as formas de garantir que esses direitos sejam efetivamente exercidos.


Close-up view of legal books arranged on a table
A legislação brasileira sobre TDAH em foco.

A Lei nº 12.764/2012 e seus Implicações para o TDAH


A principal lei que ampara os direitos das pessoas com TDAH é a Lei nº 12.764/2012, que institui a Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista. Embora seu nome faça referência ao autismo, suas diretrizes foram estendidas para incluir o TDAH em sua abrangência. Este reconhecimento é apoiado por especialistas e decisões judiciais que consideram o TDAH um transtorno que requer atenção e suporte adequados.


A lei garante à pessoa com TDAH o direito a um diagnóstico precoce, a tratamentos multiprofissionais, terapias e o acesso a serviços de educação com as adaptações necessárias. Por exemplo, uma criança com TDAH tem o direito de ser avaliada por uma equipe multidisciplinar composta por psicólogos, psiquiatras e pedagogos, garantindo que seu tratamento seja completo e eficaz.


Eye-level view of a classroom with students engaging in a learning activity
Ambiente de aprendizado adaptado para alunos com TDAH.

A Importância do Acompanhamento Integral no SUS


O Sistema Único de Saúde (SUS) tem a obrigação de oferecer atenção integral em saúde mental, incluindo o acompanhamento para TDAH. A Resolução CFM nº 2/2015 reforça essa obrigação, orientando a medicalização e o tratamento adequado dentro do sistema público. Isso significa que as famílias têm o direito de buscar tratamento sem custos, tornando os serviços de saúde mais acessíveis.


Infelizmente, muitos não sabem que podem e devem buscar esses serviços. É fundamental que as famílias se informem sobre como acessar os serviços do SUS e os tratamentos disponíveis. Além disso, deve-se promover o diálogo entre profissionais de saúde, educadores e a família para garantir que o tratamento do TDAH seja integrativo e coeso.


High angle view of a healthcare professional discussing treatment options with a patient
Profissional de saúde conversando sobre opções de tratamento para TDAH.

Desafios na Implementação dos Direitos


Embora a legislação exista, existem desafios significativos na implementação efetiva dos direitos garantidos às pessoas com TDAH. Muitas vezes, há falta de conhecimento entre educadores e profissionais de saúde sobre esses direitos, o que pode resultar em negação de acesso a serviços essenciais. Além disso, o preconceito e a desinformação podem levar a estigmas que dificultam a busca por tratamento.


Para enfrentar esses desafios, é crucial que haja uma maior sensibilização e educação sobre o TDAH, tanto na esfera pública quanto nas instituições de ensino. Treinamentos e workshops para educadores e profissionais de saúde podem ajudar a esclarecer a importância do acompanhamento integral e das adaptações necessárias no ambiente educacional.


Como As Famílias Podem Exercitar Esses Direitos


Conhecer esses direitos é o primeiro passo para exigir sua efetiva implementação. As famílias, educadores e profissionais de saúde devem estar informados para que possam advogar juntos pela plena inclusão e pelo acesso aos tratamentos e suportes garantidos por lei. Aqui estão algumas etapas que as famílias podem seguir:


  1. Educação: Informar-se sobre a legislação e os direitos garantidos pela Lei nº 12.764/2012. Pode-se buscar materiais e cursos oferecidos por organizações que trabalham com TDAH.


  2. Diagnóstico: Buscar um diagnóstico formal com profissionais capacitados. Isso é essencial para garantir que a criança ou adolescente receba o suporte necessário.


  3. Tratamento: Acompanhar as orientações médicas e terapias recomendadas. Ter uma equipe multidisciplinar é crucial para um tratamento eficaz.


  4. Advocacy: Participar de associações ou grupos de apoio para famílias de pessoas com TDAH pode oferecer um espaço para compartilhar experiências e fortalecer a reivindicação de direitos.


  5. Relatar: Caso os direitos não sejam respeitados, é fundamental documentar essas situações e procurar auxílio jurídico. Uma orientação adequada pode fazer a diferença.


Consultoria Jurídica para Esclarecimento de Dúvidas


Entre em contato com nosso escritório para esclarecer dúvidas sobre seus direitos ou para buscar orientação jurídica especializada na área de direito médico e saúde. Estamos aqui para ajudar você a entender melhor como navegar pelo sistema legal e acessar os serviços de que você ou seu familiar precisa.


A conscientização sobre os direitos da pessoa com TDAH é um aspecto fundamental para garantir uma vida mais plena e desenvolvida, e todos temos um papel a desempenhar nessa luta. Conhecer e reivindicar os direitos garantidos por lei é um passo importante para garantir que todos tenham acesso ao suporte necessário para prosperar.


Wide angle view of a modern legal office ambiance
Ambiente de escritório jurídico moderno para consultas.

O Futuro dos Direitos para Pessoas com TDAH


O futuro dos direitos das pessoas com TDAH no Brasil depende da contínua luta pela igualdade e inclusão. À medida que a sociedade se torna mais informada sobre o TDAH e outros transtornos, espera-se que as barreiras que limitam o acesso ao tratamento integral sejam quebradas.


Iniciativas para capacitar educadores e profissionais de saúde, além de promover campanhas de conscientização, são passos fundamentais nessa jornada. O envolvimento da sociedade civil também é crucial. Uma voz unida pode pressionar o governo e as instituições a garantir que cada pessoa com TDAH receba a atenção e o cuidado que merece.


Com informação, apoio e advocacy, podemos assegurar que os direitos da pessoa com TDAH sejam não apenas reconhecidos, mas também respeitados e implementados em sua totalidade.

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